
A origem dos “Quadrados Mágicos” é pouco conhecida. Historicamente, três tradições foram as primeiras a trabalhar com os Quadrados Mágicos: a chinesa, a hindu, e a árabe; mas não nos aprofundaremos nestes sistemas, pois diferem do tópico deste artigo.
Contudo, foi dos árabes que as Escolas de Mistério Ocidentais receberam as ideias dos Quadrados Mágicos. Em 1300 D.C., Manual Moschopoulos, um sábio greco-bizantino, escreveu um tratado sobre os Quadrados Mágicos, inspirado pela tradição árabe. Ele é tido como o primeiro estudioso ocidental a travar contato com os Quadrados Mágicos. Também, em 1450 D.C., o italiano Luca Pacioli trabalhou com uma vasta variedade de Quadrados Mágicos, tendo influenciado bastante a Tradição Mística Ocidental. Mas o mais antigo livro que mostra os Quadrados Mágicos tal como são os atualmente empregados, é o “De Occulta Philosophia” de Henry Cornielius Agrippa, escrito de 1507 à 1510 D.C., que tem o seu Cap. XXII do Livro II (Magia Celestial), intitulado “Das tábuas dos Planetas, suas virtudes, formas, e como os nomes Divinos, Inteligências, e Espíritos são dispostos sobre elas”, dedicado aos Quadrados Mágicos Planetários. Estes lá aparecem em suas conhecidas formas de ordem de 3 à 9. Em 1801, “O Magus” de Francis Barret reproduz este capítulo do livro de Agrippa sob o nome de “As Tábuas Mágicas dos Planetas”, em seu Capítulo XXVIII do Livro I da parte que trata sobre “As Inteligências Celestiais”. No Magus os diagramas dos Quadrados e os desenhos dos Selos estão bem melhor definidos.
Ainda, trabalharam com os Quadrados Mágicos, Paracelso, Athanasius Kircher, e tantos outros. E os mesmos aparecem no “Dogma e Ritual de Alta Magia” de Eliphas Levi Zahed, que pouco fala sobre a origem e aplicação prática destes.
Para se obter um Quadro Mágico toma-se antes de tudo o número a que corresponde cada planeta na Kabbalah ou árvore da Vida.